Atividade sexual p/ Cardiopatas.

 

Atividade sexual p/ Cardiopatas.

 

“Posso fazer? Há algum cuidado especial?” Sabe-se que o risco de óbito durante a atividade sexual é baixo, sendo responsável por 0,6% dos casos de morte súbita. A atividade sexual costuma elevar pressão arterial e freqüência cardíaca. Dados coleados em indivíduos saudáveis e em cardiopatas mostram um pico de freqüência cardíaca entre 104 e 131bpm, pressão arterial sistólica entre 150 e 180mmHg e um consumo de oxigênio em torno de 6 METs, principalmente no momento do orgasmo.

Para se avaliar o risco de eventos arrítmicos e isquêmicos que isto pode significar, devem-se levar em conta, além das variações individuais observadas em parâmetros metabólicos e hemodinâmicos, as diferentes formas de atividade sexual e o estresse emocional. Sabe-se, por exemplo, que é mais comum o desencadeamento de eventos cardíacos isquêmicos em homens durante relacionamento sexual extraconjugal, provavelmente devido ao esforço despendido e à ansiedade de desempenho.

A relação sexual , não é meramente um ato físico, primeiro ela começa no emocional, no desejo, do casal, tanto é que quando o clima entre o casal não esta bom , é difícil , conseguir com que a vontade seja igual para os dois, então estamos chegando perto do que disse anteriormente tudo começa no emocional e vira físico, para efeitos práticos , pois o nosso foco aqui é problemas cardíacos , precisamente (ponte miocárdica) quero lembra-los que nos faz mal o emocional em excesso nem muita tristeza e nem muita euforia, da mesma forma o físico sem muitos esforços ,fora do normal, assim numa relação sexual de portadores de ponte miocárdica devemos nos preparar para ela, oque seria perigoso, durante o ato , aumento dos batimentos muito exagerados, movimentos durante a relação físicos fortes e repetitivos por um longo tempo, e o stress emocional da libido,liberado durante o ato sexual sem controle.

Em suma, a atividade sexual costuma ser de baixo risco para o desencadeamento de arritmias malignas. Pacientes, no entanto, com quadros cardiovasculares de alto risco e instáveis, com restrição a atividades físicas, devem ser cuidadosamente avaliados antes de se dar uma orientação em relação à sua atividade sexual.

1. Importante: Os pacientes com doença cardíaca que desejam iniciar ou retomar a atividade sexual devem ser avaliados pelo seu médico.

2. A atividade sexual é permitida para cardiopatas com baixo risco de complicações cardiovasculares.

3. O teste ergométrico pode ser utilizado para pacientes com risco cardiovascular moderado, alto ou desconhecido para avaliar a capacidade física no exercício e o desenvolvimento de sintomas.

4. Não é necessário "aguentar" até o final do teste de esforço para ser liberada a atividade sexual.

5. A reabilitação cardíaca e o exercício físico regular podem ser úteis para reduzir o risco de complicações cardiovasculares na atividade sexual.

6. Pacientes com doença cardíaca descompensada e/ou grave (ex. piora ou surgimento de novos sintomas) devem adiar o retorno da atividade sexual até sua liberação pelo médico.

7. Doença arterial coronária (entupimento das artérias do coração):
A atividade sexual é considerada segura para pacientes com:
• Angina estável crônica de fraca intensidade.
• Após infarto do miocárdio sem complicações: duas semanas. 
• Após cirurgia do coronárias ("ponte safena"):2 meses devido a necessidade de cicatrização do esterno (osso do peito).
• Angioplastia com ou sem colocação de stent ("molinha") sem complicações: uma semana.
• Quando a cirurgia não é suficiente para corrigir todas as obstruções das artérias do coração: realizar teste de esforço.

8. Doença das válvulas do coração:
• Doença leve ou moderada e sem sintomas ou com sintomas leves não tem contra-indicações.
• Portadores de próteses valvares funcionando normalmente não apresentam contra-indicações.
• A atividade sexual não é recomendada para aqueles com doença valvular grave ou muito sintomática.

9. Portadores de arritmia e marcapassos:
• A atividade sexual é liberada para pacientes com fibrilação atrial ou flutter atrial com resposta ventricular controlada, assim como para aqueles com crises eventuais de taquicardias.
• A atividade sexual é liberada para os portadores de marcapassos.
• Quem utiliza desfibriladores também tem atividade liberada, desde que ela não seja a causa de arritmias severas.
• A atividade sexual não é indicada para pacientes com fibrilação atrial e frequências altas do coração, assim como para aqueles com arritmias sintomáticas desencadeadas pelo esforço.

10. Outras recomendações:
• A utilização de estimuladores como Viagra, Cialis, etc pode ser feita desde que liberada pelo médico em praticamente todas as situações. Deve-se sempre levar ao médico a lista de todas as medicações em uso pois algumas podem causar efeitos colaterais desagradáveis ou mesmo impedir o uso dos estimuladores.
• Alguns remédios do coração (nitratos) necessitam cuidados especiais ou mesmo sua suspensão quando utilizados em conjunto com estimuladores.
• A utilização de estrogênio local ou tópico em mulheres com doença cardiovascular pode ser realizado.
• O uso de fitoterápicos com ingredientes desconhecidos não deve ser realizado, assim como o uso de energéticos.

Foto de Ponte Miocárdica.