Estresse + Infarto
Estresse + Infarto
O estresse, seja ele de natureza física, psicológica ou social, é composto de um conjunto de reações fisiológicas que se exageradas em intensidade ou duração podem levar a um desequilíbrio no organismo.
A reação ao estresse é uma atitude biológica necessária para a adaptação à situações novas.
Os fatores de risco clássicos já não explicam todas as mortes.
É por isso que a atenção dos cientistas se voltou para o stress.
Uma nova safra de estudos revela que ele é tão perigoso para o coração quanto o sedentarismo, a obesidade, o fumo e todos os outros vilões.
Um dos mais completos estudos já realizados sobre o assunto investigou a relação entre os fatores psicossociais e ataques cardíacos e contou com 24 mil voluntários em 52 países.
A pesquisa liderada pela McMaster University, no Canadá, revelou que a prevalescência de stress crônico é maior entre vítimas de infarto. Em geral, elas convivem com diversos fatores estressantes (trabalho, família, trânsito, medo da violência) por longos períodos.
É verdade que nem sempre o stress é prejudicial. Desde os tempos das cavernas, ele melhora o desempenho do organismo para que a pessoa possa reagir a um agressor ou fugir.
Também turbina a performance de alguns profissionais que produzem muito melhor quando se sentem pressionados pro prazos, imprevistos, desafiois. Ele só vira vilão quando a resposta do organismo às tensões se torna exagerada.
A descarga constante de adrenalina, noradrenalina e cortisol lesa o endotélio, a camada interior dos vasos sanguíneos.
O desgaste dessa parede costuma gerar ateromas, aglomerados de gordura e células que entopem as artérias e levam ao infarto. O stress também produz a agregação das plaquetas do sangue e eleva excessivamente a frequência cardíaca.
O resultado é o mesmo: infarto, muitas vezes fatal.
O excesso de estresse pode causar desde dores pelo corpo e queda de cabelo até sintomas sérios como hipertensão e problemas no coração.
O fato de um evento emocional como o estresse afetar o organismo se deve ao íntimo relacionamento entre o sistema imunológico (defesa), sistema nervoso (controle) e sistema endócrino (hormonal).
Estresse crônico pode aumentar o risco de doença cardíaca e induzir a hábitos nocivos como fumar, abusar do álcool e alimentar-se de fast foods .
Como combater o estresse?
1) Tomada de consciência
A maioria de nós, em vista da grande quantidade de atividades levadas a cabo diariamente, não para para analisar como desenvolvemos essas atividades e a quantidade de tensão que colocamos na execução em cada uma delas. Tente descobrir os fatores que desencadeiam em você o estresse e quais são suas reações físicas a ele e como minimizar os seus efeitos.
2) Organize a sua vida
Saiba decidir suas prioridades e assuma somente as tarefas que seja capaz de desempenhar com segurança, satisfação pessoal e profissional.
Melhore suas relações afetivas, pois um bom equilíbrio afetivo vai influenciar beneficamente no seu estado emocional e no seu estado físico.
Se estiver muito tenso, procure uma atividade que lhe cause prazer, assistindo uma partida de futebol, ouvindo música, batendo papo, ou pare tudo que está fazendo e relaxe por alguns minutos.
Procure manter uma fonte de lazer; tire férias periódicas, faça caminhadas, saia para ouvir música, ir ao teatro, etc.,
Sintomas mais comuns:
O estresse apresenta sintomas variados, como a irritabilidade, distúrbio de sono e do apetite, dificuldade na concentração, preocupação exagerada com relação a situações relevantes, diminuição da memória e até mesmo impotência sexual.
Outras vezes pode ser acompanhado de distúrbios psicológicos, como depressão ou agitação.
Já na terceira idade, as situações estressantes podem levar a alterações cardiovasculares e hipertensão arterial, com diversas conseqüências, como o infarto, doenças gástricas e intestinais.
Como tratar?
Para o tratamento é fundamental identificar a causa.
Desse modo, os exercícios físicos e as atividades relaxantes, como massagens, caminhadas, ouvir musica, pintar ou escrever, sempre realizadas com regularidade, tornam-se grandes aliados na luta contra o estresse.
Por outro lado, na maioria das vezes são obtidos bons resultados sob orientação da terapia ocupacional que é direcionada ao combate da tensão emocional. Nos casos mais avançados a intervenção psicológica é primordial para que o estresse seja superado.