Insuficiência Coronariana
Insuficiência Coronariana:
perfil e fatores de risco relacionados às ocorrências
Insuficiência coronária - Sinais e sintomas
A dor torácica é um dos sintomas mais comuns da doença coronariana. Essa dor, conhecida como angina pectoris, pode ser em forma de aperto, pontada e queimação e pode se irradiar para as costas, braços, pescoço e queixo. Pode ser precipitada por esforço físico ,estresse emocional ou exposição ao frio e pode ser aliviada pelo repouso ou medicamentos, nos casos de angina estável.Nesse caso essa dor não dura mais que 30 minutos. Nos casos agudos, ela pode surgir mesmo em repouso. Vale lembrar que nem toda dor torácica é de origem cardíaca (angina). A probabilidade de ter doença coronariana varia de pessoa para pessoa. Quem já teve a doença diagnosticada alguma vez tem maior risco de sofrer novos eventos.
OUTROS SINTOMAS
Em alguns casos, pode haver desmaio, tonteira, falta de ar, náuseas, vômitos e suor excessivo, acompanhados ou não de dor. Esses sintomas, no entanto, não são específicos da insuficiência coronariana. A atribuição desses sinais a um quadro de angina ou infarto depende da presença de fatores de risco e só pode ser feita por meio de avaliação médica.
As mulheres freqüentemente não apresentam os sintomas típicos de doença coronariana e mesmo quando elas experimentam sintomas, eles são freqüentemente considerados atípicos. Ao invés da dor e compressão contínua por cerca de 20 minutos, sentem uma dor (angina) moderada, que vem e vai. Também podem experimentar sintomas que mais parecem azia e indigestão do que doença coronariana. Ou simplesmente se sentir cansadas ou nauseadas.
A falta de sintomas "clássicos" de doença coronariana torna difícil identificá-los e pensar no diagnóstico com subseqüente investigação. É importante para as mulheres falarem com seus médicos sobre tais sintomas atípicos que podem sinalizar doença coronariana e examinar outros fatores de risco que podem ser indicadores.
Resumo: A Insuficiência Coronariana (ICO) é uma das principais causa de morbidade e mortalidade nas regiões mais desenvolvidas do Brasil e dos países desenvolvidos dentre as doenças cardiovasculares. Existem múltiplos fatores de risco relacionados e que tem papel fundamental no seu desenvolvimento, como idade, sexo, história familiar positiva, hipertensão arterial (HAS), dislipidemia, Diabetes Mellitus (DM), tabagismo, sedentarismo e obesidade , doenças cardiacas pré existentes como prolapso valva mitral , Ponte Miocardica e outras doenças cardiovalculares.
A intensidade destes fatores depende dos componentes ambientais e das características genéticas de cada indivíduo ou de uma população. Objetivo: Estabelecer perfil dos pacientes e levantar fatores de risco associados à Insuficiência Coronariana num hospital universitário paulista. Metodologia: Trata-se de um estudo quantitativo e prospectivo, envolvendo 21 pacientes com diagnóstico de ICO. O estudo foi realizado na Enfermaria de Cirurgia Cárdio-Torácica de um hospital universitário paulista.
Resultados: A população foi composta de 21 pacientes, sendo a maior parte (66,7%) do sexo masculino e média para idade de 58,5 anos. Baixos padrão socioeconômico e grau de escolaridade apresentaram-se evidentes no presente estudo. Em relação aos antecedentes familiares encontramos 86% para HAS, 76% para Doenças Cardiovasculares, 52% para Dislipidemia e 43% para DM e presença de AVC. No tocante aos antecedentes pessoais, as taxas variaram em 71% para HAS, 62% para Estresse, 57% para Dislipidemia, 48% eram tabagistas, 43% etilistas, 35% apresentavam sobrepeso e 19% referiram diabetes. No âmbito da prevenção, ao lazer esteve presente em 76% dos entrevistados, enquanto a atividade física em 24%.
Discussão: A análise dos dados confirma que os fatores de risco influenciam no desenvolvimento de doenças cardiovasculares. A história familiar e individual são importantes componentes de avaliação. Na população estudada, a masculina prevaleceu sobre a feminina e a faixa etária prevalente para a ocorrência de ICO apresentou-se superior à apontada na literatura. A história familiar positiva esteve presente entre todos os entrevistados. HAS e DM apresentaram prevalência superior quando comparadas aos achados científicos. Para prevenção, o lazer indicou papel de destaque entre os entrevistados, porém a atividade física apresentou baixo índice de prevalência.
Conclusão: Os achados do presente estudo ratificam estudos anteriores em relação à importância da avaliação dos fatores de risco familiares e pessoais para o desenvolvimento de doenças cardiovasculares, especialmente, à insuficiência coronariana. É importante ressaltar que o controle das doenças relacionadas, do hábito de fumar, do etilismo e do estresse em conjunto com a prática de atividade física e lazer sugerem medidas importantes de prevenção, desde que adequadas ao padrão social e cultural da população. Estas medidas objetivam a preservação da saúde e melhoria da qualidade de vida da população. O conhecimento específico dos fatores relacionados auxilia no planejamento adequado da assistência de enfermagem, proporcionando melhor atendimento à população local.