Ponte Miocárdica Historia do primeiro relato
22/07/2015 14:03
Pontes miocárdicas (PM) foram relatadas pela primeira vez em 1737 por Reyman, como artérias miocárdicas submersas transitórias. PM também foram mostradas em estudos anatômicos, fisiológicos, bioquímicos e de imagem.representam uma fonte de discussão em pesquisa.
PM têm origem embriológica, e não há diferença entre os gêneros em relação à sua incidência.
PM são geralmente consideradas uma variação vascular do coração devido à sua intermitente ou repetida redução do lúmen arterial, com um possível efeito isquêmico. Dor isquêmica pré-cordial necessita de um diagnóstico apropriado, devido ao número de patologias associadas à cardiomiopatia obstrutiva: aterosclerose, trombose, cardiomiopatia, bloqueio AV paroxístico, hipocinesia segmentar, arritmia cardíaca, taquicardia ventricular, espasmo coronariano, infarto agudo do miocárdio e/ou morte súbita cardíaca.
A isquemia do músculo cardíaco parece ocorrer durante o primeiro 1/3 da diástole, devido à prolongada recuperação do lúmen arterial coronariano após sua compressão sistólica (75%). Isso altera a velocidade do fluxo coronariano e fluxo de reserva, especialmente durante o aumento do ritmo cardíaco durante exercício e estresse emocional.
A variabilidade de incidência das PM depende do método de avaliação, gênero, raça e a natureza do estudo; dessa forma, um mínimo de 0,5-12% de angiografias revela a presença de PM, enquanto elas estão presentes em 5,4-85,7% dos cadáveres.
A PM geralmente se origina na artéria coronária esquerda (ACE), tronco e ramos, especialmente na artéria interventricular anterior (AIA) (12-63%), artéria circunflexa (ACx) (2,8%-6,7%) e seu ramo lateral (13%). Também são encontradas nas artérias diagonais (AD), artérias marginais (AM) e veias coronárias.
A ponte miocárdica (PM) é uma anomalia congênita das coronárias que acomete geralmente a artéria descendente anterior esquerda (DAE), em que um ou mais feixes de miocárdio cruzam ou envolvem um segmento de artéria coronária epicárdica, a qual atravessa a porção intramural do miocárdio, abaixo da ponte muscular. A PM constitui um dos principais diagnósticos diferenciais de doença arterial coronariana (DAC), podendo manifestar-se como angina de peito típica ou atípica e, mais raramente, infarto agudo do miocárdio (IAM) ou morte súbita.
Trata-se de uma patologia relativamente incomum na população geral, geralmente benigna, acometendo principalmente pacientes com baixo risco para DAC; entretanto, quando sintomáticas, manifestam-se na forma de angina instável ou estável, arritmias cardíacas (taquicardia ventricular e taquicardia supraventricular), IAM e morte súbita, sendo os dois últimos de ocorrência rara.