SABEMOS QUE ESTUDOS FEITOS JUNTO A S.B.C. (SOCIEDADE BRASILEIRA DE CARDIOLOGIA) DIZ QUE A PONTE MIOCÁRDICA QUANDO SINTOMÁTICA CAUSA ,DOR PRECORDIAL, ARRITMIAS, INFARTO OU ATÉ MORTE SÚBITA. PORQUE A MAIORIA DOS CARDIOLOGISTAS NÃO SABEM DISSO ?

Sabemos que a ponte miocárdica (PM) é uma anomalia congênita das coronárias que acomete geralmente a artéria descendente anterior esquerda (DAE), em que um ou mais feixes de miocárdio cruzam ou envolvem um segmento de artéria coronária epicárdica, a qual atravessa a porção intramural do miocárdio, abaixo da ponte muscular. A PM constitui um dos principais diagnósticos diferenciais de doença arterial coronariana (DAC), podendo manifestar-se como angina de peito típica ou atípica,arritimia, infarto agudo do miocárdio (IAM) ou morte súbita.

Vemos em alguns estudos feitos junto a S.B.C.a PM quando sintomática ela manifesta angina de peito típica ou atípica,arritimia,infarto agudo do miocárdio (IAM) ou morte súbita.

Vemos também em estudo da USP o prognóstico  de Indivíduos com PM geralmente e um bom ,porém, segundo o pesquisador , a falta de estudos com grupos de pacientes sintomáticos com elevado grau da PM de compressão sistólica e diastólica e evidências de isquemia não permite afirmar com veemência o prognóstico grave neste grupo específico. Segundo o pesquisador mais estudos precisam ser realizados acerca deste assunto para maior elucidação da PM.

O que será que esta faltando para justificar a PM como DOENÇA GRAVE ?  

Segundo a S.B.C. Diretriz Brasileira de Cardiopatia Grave

CONCEITUAÇÃO

O conceito de cardiopatia grave engloba tanto doenças cardíacas crônicas, como agudas. São consideradas cardiopatias graves:

a) cardiopatias agudas, habitualmente rápidas em sua evolução, que se tornam crônicas, caracterizadas por perda da capacidade física e funcional do coração;

b) as cardiopatias crônicas, quando limitam, progressivamente, a capacidade física e funcional do coração (ultrapassando os limites de eficiência dos mecanismos de compensação), não obstante o tratamento clínico e/ou cirúrgico adequado;

c) cardiopatias crônicas ou agudas que apresentam dependência total de suporte inotrópico farmacológico (como dobutamina, dopamina) ou mecânico (tipo Biopump, balão intra-aórtico);

d) cardiopatia terminal: forma de cardiopatia grave em que a expectativa de vida se encontra extremamente reduzida, geralmente não responsiva à terapia farmacológica máxima ou ao suporte hemodinâmico externo. Esses pacientes não são candidatos à terapia cirúrgica, para correção do distúrbio de base (valvopatia, cardiopatia isquêmica, cardiopatia congênita...) ou transplante cardíaco, devido à severidade do quadro clínico ou comorbidades associadas (hipertensão arterial pulmonar, disfunção renal severa, neoplasia avançada).

A limitação da capacidade física e funcional é definida, habitualmente, pela presença de uma ou mais das seguintes síndromes: insuficiência cardíaca, insuficiência coronariana, arritmias complexas, bem como hipoxemia e manifestações de baixo débito cerebral, secundárias a uma cardiopatia. A gravidade dessas síndromes será definida nas seções posteriores.

A avaliação da capacidade funcional do coração permite a distribuição dos pacientes em classes ou graus, assim descritos:

a) GRAU I: pacientes portadores de doença cardíaca sem limitação da atividade física. A atividade física normal não provoca sintomas de fadiga acentuada, nem palpitações, nem dispnéias, nem angina de peito, nem sinais e sintomas de baixo fluxo cerebral;

b) GRAU II: pacientes portadores de doenças cardíacas com leve limitação da atividade física. Estes pacientes sentem-se bem em repouso, porém os grandes esforços provocam fadiga, dispnéia, palpitações ou angina de peito;

c) GRAU III: pacientes portadores de doença cardíaca com nítida limitação da atividade física. Estes pacientes sentem-se bem em repouso, embora acusem fadiga, dispnéia, palpitações ou angina de peito, quando efetuam pequenos esforços;

d) GRAU IV: pacientes portadores de doença cardíaca que os impossibilita de qualquer atividade física. Estes pacientes, mesmo em repouso, apresentam dispnéia, palpitações, fadiga ou angina de peito.

Os meios de diagnósticos a serem empregados na avaliação da capacidade funcional do coração são: história clínica, com dados evolutivos da doença; exame clínico; eletrocardiograma, em repouso; eletrocardiografia dinâmica (Holter); teste ergométrico; teste de caminhada de 6 minutos; ergoespirometria (VO2 pico < 14ml/kg/min); questionário de qualidade de vida SF-36; ecocardiograma, em repouso; ecocardiograma associado a esforço ou procedimentos farmacológicos; estudo radiológico do tórax, objetivando o coração, vasos e campos pulmonares, usando um mínimo de duas incidências; cintilografia miocárdica, associada ao teste ergométrico (tálio, MIBI, tecnécio); cintilografia miocárdica associada a dipiridamol e outros fármacos; cinecoronarioventriculografia; angiotomografia computadorizada, tomografia coronariana computadorizada, angio-ressonância magnética e ressonância magnética cardíaca.

Nos portadores de doença cardíaca não identificável com os meios de diagnósticos citados, podem ser utilizados outros exames e métodos complementares, como biópsia miocárdica.

Os achados fortuitos em exames complementares especializados não são, por si só, suficientes para o enquadramento legal de cardiopatia grave.

O quadro clínico bem como os recursos complementares, com os sinais e sintomas que permitem estabelecer o diagnóstico de cardiopatia grave, estão relacionados às seguintes cardiopatias: cardiopatia isquêmica, cardiopatia hipertensiva, miocardiopatias, valvopatias, cardiopatias congênitas, arritmias, pericardiopatias, aortopatias e cor pulmonale crônico.

https://www.scielo.br/scielo.php?pid=S0066-782X2006001500024&script=sci_arttext

Mais evidências ?

Mais mortes ?

Mais pesquisas ? 

Mais força de vontade de cardiologistas e doutores ?

Se tem centenas de pacientes sintomaticos que sofrem desta anomalina ....

Nós portadores estamos aqui sofrendo a cada dia com nossa dor fisica e permanente a espera de um milagre.

https://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0066-782X2010000200008

https://www.revistas.usp.br/revistadc/article/viewFile/58992/61978